Professores
vão aderir movimento nacional de paralisação de 3 dias
EVELY DIAS / A GAZETA
Nos dias
23, 24 e 25 deste mês, professores da rede pública de ensino de todo o Brasil
irão paralisar suas atividades. A 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da
Educação Pública tem como objetivo debater as questões educacionais e a
valorização dos profissionais.
De acordo com João
Sandim, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre
(Sinteac), a mobilização irá pressionar o Governo Federal. “A CNTE estará
fazendo a greve nacional durante três dias, onde alguns estados irão
participar. Será feita uma movimentação dentro do Congresso. Essa mobilização é
para que o Governo faça mais investimentos na educação. O PNE é discutido há
dois anos e continua sem aprovação. Apenas 5% do PIB é investido. A nossa
proposta é que suba para 10%. Automaticamente, iremos ter mais recursos para
investir em educação. Os estados e municípios estão perdendo muitos recursos
com a medida da presidente Dilma, em zerar os impostos com o IPI. Isso deu um
impacto grande, os impostos geram o recurso do Fundeb. Quando é tirado, nós
perdemos”.
O plano de carreira,
para os profissionais, é ultrapassado dentro das novas diretrizes da educação.
“Queremos fazer também a discussão da reformulação do nosso PCCR. Desde 1999
temos um plano aprovado e a nossa realidade é totalmente diferente. Temos a Lei
12014/2009, que cria uma nova carreira de profissionais da educação, porém até
hoje não existe nos planos de carreira de muitos Estados e municípios. O Acre é
um exemplo disso. Queremos que nessa reformulação esteja a carreira e o piso
dos funcionários técnicos, que são quase mil no Estado, carreira e piso para os
profissionais que estão fazendo o curso superior em processo escolares, para
que quando terminem a faculdade já tenham a carreira e piso definidos.
Outro ponto importante é
a equiparação salarial dos contratos provisórios. Profissionais tem a mesma
carga horária, formação e simplesmente recebem 75% do piso da carreira inicial
do efetivo. Essa será uma grande batalha e nós não iremos abrir mão. Também
discutiremos a reposição salarial”, disse.