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Paralisação Estadual
Professores e funcionários de algumas escolas acreanas param a partir desta terça-feira,  23

EVELY DIAS  / A GAZETA

 De amanhã até quinta-feira, trabalhadores em Educação de todo o país irão realizar uma paralisação na 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública. O principal objetivo da greve é a valorização dos profissionais. Durante os 3 dias, atos e debates serão realizados em todos os Estados.
 De acordo com Rosana Nascimento, presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), vários pontos serão discutidos. “As reivindicações a nível nacional são os 100% dos royalties do petróleo para educação, piso salarial, carreira, jornada, 10% do PIB e a profissionalização dos funcionários de escolas. No Acre temos 2 pautas e redistribuição na tabela tanto de professores quanto de funcionários”. fundamentais, que são a profissionalização.
 Rosana ressaltou que a carreira dos funcionários não é valorizada. “Desde 2009 a tabela cresceu 4 letras. A maioria dos funcionários e professores está no meio da carreira e se não houver uma redistribuição, eles não irão se aposentar na última letra. Não vamos abrir mão disso. Hoje, a lei 12.014 garante que os funcionários de escola são também profissionais em educação, dividos em magistério e carreira técnica. No dia 9 de abril, saiu a regulamentação do pró-funcionário, que obriga o Estado e prefeitura formar os funcionários de escola na área técnica. Essa será uma carreira onde o profissional será valorizado pela formação e tempo de serviço”.
 No decorrer do ano, mais greves poderão acontecer. “O plano nacional de educação nunca se efetivou. Hoje paga-se 5,2% do PIB para a educação, o que não cobre a nossa necessidade. Várias crianças não estão em creches e jovens estão fora da escola. É preciso mudar. Em um país que é desenvolvido, a educação tem de ser prioridade. Neste ano dificilmente não terá greve. A carreira do pró-funcionário é difícil. Levará um volume de dinheiro. Temos quase 2 mil formados e isso requer muitos recursos. Não será fácil, mas a luta será constante. Precisamos garantir esta carreira. Iremos fazer greve até garantir que as reivindicações sejam atendidas”, concluiu Rosana.


Greve da Educação não é descartada



BRUNA LOPES / A TRIBUNA

Na próxima quinta e sexta-feira (24 e 25), funcionários de escolas e professores se reúnem para discussão, aprovação da data-base e aumento salarial, além da proposta de revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). Mesmo com as negociações, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), não descartam uma greve ainda este ano.
A presidente da CUT, Rosana Nascimento, anuncia que na quinta-feira (24) haverá assembleia, no Teatro Plácido de Castro (Teatrão), durante a manhã, com a rede municipal, e a tarde com a estadual. “Uma das maiores reivindicações da categoria é a inclusão dos funcionários no Pró-Funcionário, ou seja, como carreira técnica. A maioria dos funcionários de escola está vinculada ao quadro geral da prefeitura e não a secretaria de educação. Estamos negociando para mudar essa vinculação e a carreira técnica é um direito previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)”, explica Rosana.
Para que o funcionário de escola seja um educador é necessário que ele tenha a formação técnica.  Segundo o representante dos funcionários de escola do Sinteac, Jesus Vasconcelos, hoje o funcionário da educação fica estagnado.
“Hoje, caso um funcionário da educação faça doutorado na área, ainda sim, ele continuará recebendo o salário sem qualquer adicional. Isso não valoriza o profissional. É isso que queremos mudar”, explica. Na sexta-feira (25) a categoria paralisa suas atividades para entregar o PCCR, para o Estado como para prefeitura, numa grande manifestação que deve acontecer no Centro da Cidade.
“Os municípios também estão empenhados nas reformas do PCCR”, confirma a presidente da CUT. (Bruna Lopes)


Rosana classifica como ano difícil para negociações
A presidente da CUT, Rosana Nascimento confirma que, apesar da boa vontade dos poderes legislativos e executivo em negociar, é um ano difícil e que o cenário nacional não é favorável para a classe trabalhadora. “Sabemos as dificuldades que o Estado vem passando devido o corte de 7% no Fundo de Participação dos Estados (FPE), isso representa R$ 300 milhões a menos destinados ao Acre. Além disso, a presidente Dilma, também tirou o IPI dos automóveis, tudas essas ações incidem diretamente na educação”, explica a presidente. (Bruna Lopes)



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