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Francisco Rocha  / Do G1 AC

A greve deflagrada pelos trabalhadores em Educação do estado do Acre deixou mais de 1,8 alunos da rede estadual de ensino, sem aulas em Cruzeiro do Sul. A paralisação no interior do estado teve início na quarta-feira (26).
O representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) em Cruzeiro do Sul, Valdenizio Martins, acredita que este é o pior ano da educação no estado.
“Este é o pior ano da educação, tivemos um início de ano letivo conturbado por conta de um concurso público cheio de problemas, atrasando o início das aulas. Temos problemas de segurança nas escolas, falta de merenda escolar, falta de pagamento aos servidores, problemas com o transporte escolar e com reformas de escolas, que ainda não foram concluídas”, afirmou.
De acordo com o sindicalista, os problemas são graves e caso não haja mais dedicação do governo do estado a situação pode ficar pior. Ele revela que em Cruzeiro do Sul ao menos três escola ainda não iniciaram o ano letivo por causa de reformas. “Não dá mais para continuarmos empurrando a educação com barriga, porque quem sai prejudicado são os alunos. Já estamos no sexto mês do ano e tivemos pouco mais de três meses de aulas em Cruzeiro do Sul”, explicou Valdenizio.
A decisão dos servidores pela paralisação por tempo indeterminado, aconteceu durante assembleia geral na tarde de terça-feira (25). Segundo Valdenizio Martins, a greve é uma forma de pressionar o governo para acelerar as negociações com a categoria.
As principais pautas de reivindicações das trabalhadores em educação são a reformulação do plano de carreira dos servidores, concurso público permanente para professores e servidores de apoio, equiparação salarial de professores provisórios com os permanentes, a criação de uma comissão para cuidar da saúde do trabalhador e o reajuste de 15% para toda a categoria.
Diante das reivindicações apresentadas pelos servidores, o governo do estado iniciou as negociações com o sindicato, mas as propostas apresentadas não convenceram a categoria a suspender a greve.
Segundo o representante sindical em Cruzeiro do Sul, o governo não pretende dar aumento aos servidores este ano, o que pode fazer com que a greve se prolongue. “O governo informou que só pretende dar aumento do reajuste em 2014, mas nós não aceitamos porque já tivemos perdas salariais no ano passado”, destacou.


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