A CNTE promoveu nos dias 20 e 21 de julho, em Porto Velho, o Encontro Regional do DEFE da Região Norte. O evento contou com a participação de representantes dos estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Amapá e Pará. A abertura do encontro, realizada no auditório da Sede Social do Sintero, em Porto Velho, contou com a participação de diretores do sindicato e de muitos Técnicos Administrativos Educacionais, nova nomenclatura adotada em Rondônia para os antigos funcionários de apoio ou funcionários de escolas.
O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues, disse que é uma honra para o Sintero receber o DEFE em sua sede. Manoel já foi coordenador nacional do DEFE e é o primeiro funcionário de escola a ser eleito presidente de sindicato dos trabalhadores em educação.A programação incluiu palestras com o professor João Monlevade, com Edmilson Lamparina (coordenador do DEFE), Marta Vanelli (secretária-geral da CNTE), José Carlos Prado e com o presidente do Sintero, Manoel Rodrigues.
Durante dois dias foram discutidos os principais problemas da categoria, como formação, carreira e valorização, além do conteúdo do Projeto de Lei 2142/11. Atualmente tramitando em caráter terminativo na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados, a proposta inclui os cursos de formação de profissionais da educação em nível médio e superior entre os objetivos dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. A sindicalista Andrea Alab, diretora de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Acre – Sinteac,aproveitou a ocasião, para divulgar os avanço no estado do Acre.Destacou as conquistas dos funcionários de escolas e falou da parceria com as instituições públicas, para o acesso ao ensino superior dos trabalhadores da Educação, que terminaram o ensino médio. “O nosso grande desafio é construir um planoespecífico que atenda os anseios da nossa categoria”, salientou a sindicalista acreana, durante a sua explanação, no encontro regional.
Valorização Profissional - Para as lideranças dos funcionários de escolas, a categoria ainda é pouco valorizada se for analisada a importância da sua função para o funcionamento das unidades e para o processo educacional como um todo.Apenas recentemente – a partir da lei da profissionalização e de muita pressão – é que os funcionários de escolas começam a ser vistos como educadores e passam a integrar os planos de carreira.
Marta Vanelli, secretária geral da CNTE, destacou que esse é o resultado de uma luta que começou com a unificação da categoria dos trabalhadores em educação, bandeira defendida pela Confederação desde a sua fundação. "Essa luta ainda será muito longa. Hoje a CNTE luta por salário justo e pelo espaço adequado a esses profissionais nos planos de carreira dos estados e dos municípios. Mas ainda enfrentamos resistência em administrações que não dão à educação a verdadeira importância, e não enxergam a dimensão do processo educacional, que tem os funcionários de escolas como suporte para a sua plena realização", disse.
(Com informações da CNTE)
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